terça-feira, 21 de outubro de 2008

somos mães...


Somos um grupo de mães e mesmo que tenhamos a intenção de possuir super-poderes e de darmos conta de "quase" tudo, somos um grupo de adolescentes que cresceu e teve a benção de frutificar, não recebemos junto com o exame de gravidez nenhum manual de instrução, crescemos junto com nossas crias diariamente, algo instintivo algo aprendido, mas o fato é que estamos tateando no caminho, passos rápidos ansiosos ou pausados, tentando acertar a medida do amor e do cuidado, acreditamos nos valores que passamos pros nossos filhos, acreditamos que autonomia e liberdade são grandes qualidades a serem estimuladas, estamos aprendendo dia-a-dia o exercício de amor e atualmente do medo.
O medo nos ronda nas noites e nos dias, nas festas de bebida liberadas, nas drogas de tão fácil acesso, na violência gratuita, no trânsito e não somos de modo nenhum mães "caretas", fomos adolescentes, sabemos o quanto são deliciosas as festas e as lembranças que guardamos e quanto também lá acreditávamos que "não dava nada", "que era excesso e piração dos nossos pais", etc...
Nossos receios são genuínos, e infelizmente uma morte gratuita e estúpida como a do Igor, nos autoriza a falar desses medos a exorcizá-los a trazê-los á luz, a nos unirmos nesse caminhar, que tem um único objetivo, que nossos filhos sejam felizes e tenham tempo de realizar todos os seus sonhos... Nádia Lopes


Minha filha só tem 11 anos, e ainda frequenta festas infantis, mas ainda lembro bem seu corpo dependendo do meu colo e a sensação de amamentá-la,minha pré-adolescente até bem pouco tempo era meu bebê.
Entro na luta por festas seguras e filhos felizes!
Não quero e não posso deixar que a situação perdure e festas desorganizadas e irresponsáveis como essas, façam novas vítimas!

4 comentários:

  1. Gurias parabéns pela iniciativa. Desejo que o movimento de vocês ganhe força e êxito.
    Débora
    debgaucha@hotmail.com

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  2. nadia, nos conhecemos pelos emails, mas me deu arrepio ao te ver com a tua filha sendo amamentada................parece que os teremos sempre assim, protegidos............a sensaçao de impotencia, em relaçao a eles, é muito ruim.
    E muito bom estar com pessoas tao sensiveis...............e melhor ainda é saber que podemos mudar............
    tuti

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  3. Estimadas mãe, julgo brilhante a iniciativa de vocês.Minha filha tem 18 anos, faz Direito na PUC, era colega de sala do Igor,um colega que deixou saudades,pelo que ela diz um exemplo de colega.A dor de seus pais é muito grande,perder um filho no auge da juventude é muito triste.Moro no interior e as preocupações de vocês são as mesmas minhas. Queremos o melhor para nossos filhos. SEGURANÇA URGENTE E TENHAM CERTEZA UNIDAS O MOVIMENTO SÓ TERÁ FORÇA.
    marilenbeeliasgoergen@hotmail.com
    Abraço
    Marilene

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  4. Respeito ao próximo, onde ficou? Não é apenas um “por favor”, “muito obrigado”, gentilezas momentâneas... o carro nos “blinda” e cortamos a frente de quem “atrapalha”, passamos por fora dos “trouxas” que estão em fila? E a pressa, pra que?
    Qual é o certo? Onde ficou a “bendita” educação? Nobreza deve ser só coisa de reis e rainhas... Virtude, não tenho espaço pra isso. O que é que eu ganho?
    Passo uma tarde de voyaer e me desiludo com o futuro, respeito ao patrimônio alheio não existe, coitadas das patricinhas, todas encontraram seus pares. Piercings, tatoos, o exterior é isso aí e o interior é vazio...Como dizia o Raul, “vai e faz o que queres...”
    Sociedade competitiva e consumista, vivemos de aparências.
    Cada vez mais me vejo pensando “ah, como era bom”... Vamos de roldão. Os poderes ficam cada vez mais fortes e só se combate fantasias impostas como migalhas. Idealismos, Nação, tudo não passa de passado. Multidões clamam por paz, justiça, mas o que mudou? Ah, agora temos cerca eletrônica...
    Não mudamos o mundo, somos piores do que nossos pais.
    Por breves momentos somos assaltados com acontecimentos anunciados, clamamos por mudanças, mas não temos força a não ser a de pensar que faríamos todo o possível para que nossos filhos tivessem uma vida melhor que a nossa. A vida passa rápido e não se pensa no futuro. Não se joga mais xadrez, o futuro a Deus pertence, o imediatismo é imposição...
    Dei tudo o que podia, criei o filhinho do papai...

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