sexta-feira, 21 de novembro de 2008

O CARINHO É FUNDAMENTAL PARA OS FILHOS SEREM FELIZES

Estimule o seu filho a ser carinhoso Dra. Fátima Parente é médica pediatra e especializada em neonatologia

Os pais geralmente são considerados o espelho dos filhos, pois as crianças refletem tudo o que os pais aprenderam durante sua vida. A cultura, a maneira de agir e até mesmo os detalhes mais simples podem ser observados nos filhos.

As crianças aprendem sempre com as pessoas de seu convívio e fixam-se, principalmente, nos pais para moldar formas de comportamento. Seus órgãos dos sentidos captam facilmente e eles fazem o que vêm, falam o que escutam, presenciam o relacionamento entre os pais, e assim, dão o que recebem.

Quando tratada carinhosamente, a criança se relaciona melhor com os colegas e principalmente com os familiares, inclusive com os próprios pais.

Já quando a criança sofre agressão em casa, pode-se observar um comportamento agressivo na escola e principalmente com as pessoas desconhecidas.

Desde a gestação as crianças podem sentir-se amadas ou rejeitadas, portanto, é importante que a criança antes mesmo de nascer já ouça palavras de afeto e carinho.

Toda criança transmite aquilo que aprende e vê ao seu redor. O ambiente familiar influencia em quase 100% das suas atitudes e características, por isso, é muito importante que a criança cresça sabendo a diferença entre respeito e medo, educação e carinho, para que, ao ser repreendida quando cometer algo errado, saiba entender que uma bronca, nem sempre, é algo ruim e que ela é amada mesmo quando sofre uma repreensão.

Seu caráter é moldado conforme a criação, portanto, é essencial que a criança seja criada com limites, mas sempre com muito amor e carinho, pois a sua adolescência e principalmente a vida adulta tende a ser um resumo da sua vida na infância.

Crianças carinhosas com certeza serão adultos mais felizes.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Prevenção a melhor arma...



Dia 24 de novembro , às 19 horas , no Salão Boa Vista da Associação
Leopoldina Juvenil.

Uma iniciativa do grupo Por onde andam nossos filhos ? e da

Associação Leopldina Juvenil.


Entrada gratuita

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Reflexões de domingo - Elisa Oliveira

Tenho pensado muito por onde andam nossos filhos e mais, por onde andamos? Já repeti muitas vezes minha tardia percepção que, enquanto eu dormia, a vida de alguém se esvaía e eu, dormia e sonhava, como se nada tivesse a ver comigo.
Tenho pensado que a vida dos outros e a nossa vida se esvai não apenas na saída das festas ou no assalto na esquina de casa, mas se perde vida na indiferença social, no estupor da insensibilidade à fome, na insalubridade do sistema, na injustiça, na miséria, na nossa cidade, no país, em todos os cantos e a toda hora... Perdemos vida faz muito tempo.
Hoje, assistindo à TV Senado, me emocionei. Como? Ao trocar de canal vi dois olhos em uma cena. Era uma sessão do Senado onde se fazia a homenagem a um garoto que havia ganho as olimpíadas de matemática nacional. Em uma larga mesa, sentado ao lado do Presidente do Senado e outros ilustres senadores e de frente para o plenário lotado de senadores engravatados e bem vestidos, estava um rapaz com atrofia muscular. Apenas seus olhos brilhantes, suas orelhas e seu sorriso apareciam. Um par de olhos brilhantes se destacava por detrás da mesa. Ao lado dele, “pessoas normais”, eretas em suas cadeiras, apareciam “de corpo inteiro”. Aqueles bons e justos senhores inteiros homenageavam um par de olhos!
Pra encurtar a história, este menino, que nem sei ao certo se era um menino, cujos pais emocionados e muito simples também sentavam a seu lado, tinha uma atrofia muscular que o impedira de ir à escola, tendo sido ensinado pela mãe. Dedicou-se ao estudo em casa e passou a participar de olimpíadas de matemática (acho que é isto), sendo levado pelo pai em um carrinho de mão. Nesse momento, depois de seu feito estava sendo homenageado.
Mas o que mais me emocionou, na realidade, foi a resposta que este menino deu ao Presidente da Casa quando este lhe perguntou, em tom sério (embora me parecesse estar tentando fazer uma brincadeira) algo como: “o que tu gostarias de ganhar agora? Aqui no Senado estão muitas pessoas querendo lhe ajudar, com certeza. Eu até tenho medo desta pergunta porque, sendo tu tão inteligente, vá que peças algo que não podemos dar...”
O rapaz respondeu algo assim: “Eu não costumo pedir nada... nem gosto de pedir. Se os senhores quiserem me ajudar, a ajuda que derem será bem vinda”
Em resumo, eu ouvi assim: ”senhores, se quiserem ajudar, não esperem que eu peça. Não esperem que eu mendigue, que eu morra ou faça um feito de destaque pra lhes mostrar que vocês são bons, que o mundo é bom ou que há esperança. Não esperem que algo bata à porta de suas casas e lhes tire de seus sonos. Não espere que o sonho se transforme em pesadelo”
Bem, pessoas, esta tem sido a minha reflexão desde que o pesadelo chegou tão pertinho de mim. Ele passava rondando há muito tempo, mas eu achava que era culpa ou responsabilidade de alguém. Quantas ONGS que lutam pelas mudanças, quantos grupos e movimentos com causas importante estão espalhados por aí. Tem gente que chega, até demais!
Estou ainda sentada, engravatada e cheia de boas intenções, mas inerte. Achar que é culpa ou problema dos outros, que já tem gente cuidando do assunto tem sido muito mais fácil do que pensar em fazer algo e descobrir o caminho. É tão mais simples doar um agasalho, participar de uma rifa beneficente, comprar o mel da associação que nem sei o nome ou me engajar por um espaço de tempo em um trabalho voluntário, enquanto o medo e a culpa me assolam.
Tenho pensado em mim, em nós – em gente como a gente – parecemos estar ao mesmo tempo que assustados e indignados, imobilizados e engessados em nossos lugares confortáveis. Nós somos gente boa, não tenho dúvidas disso. Mas, como disse o garoto do senado, se quisermos ajudar, devemos nos mexer. Será que precisamos de grandes feitos da Vida ou da Morte pra prestarmos atenção ao outro?
Assim sendo, penso e repenso, no que fazer? Crio sonhos de um mundo de paz e os derrubo na primeira dificuldade. Como fazer? Vamos lutar pela segurança? Pela extinção da fome? Contra a miséria? Pela educação? Pela saúde? Pelos garotos das olimpíadas?
Nossa, não vamos dar conta!!!!!! Não temos tempo!!!!Temos tanta coisa pra fazer... Cuidar de nossos filhos pra que voltem pra casa vivos. Cuidar da casa, do trabalho, de sermos mães, mulheres, amigas... De sermos felizes!!!! Acho melhor desistirmos... Agora vem o Natal, férias, ninguém vai ligar pra isto nas férias... Deixa pra março, é melhor, tem razão. Tem tanta gente cuidando disso. E também o governo não faz nada mesmo! Aquele monte de gente engravatada só pensando no dinheiro... Acho que vou dormir... Deu-me sono... Acordem-me se precisarem, mas antes, vou ler um poema, quem sabe me ajude a encontrar um caminho...

Por quem os sinos dobram – John Donne

“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”.

domingo, 2 de novembro de 2008

sábado, 1 de novembro de 2008

Sabado, finados,passeata

Mais um dia
um dia de chuva em Canela, onde me encontro
Perdida no meio do cinza que invade os jardins e o meu coraçao
Um dia de passeata em Porto Alegre
Um dia de reserva , pois nao vou participar
Um dia que imagino, a toda hora,
Quantas maes, filhos e familias, seguram seus coraçoes partidos nas maos e no apoio dos amigos
Choram pelo que nao temos como recuperar
A dor aperta o meu peito
Cercada agora por todas aquelas pessoas que imagino caminham juntas, unidas, apoiando uma as outras
Nao encontro lugar para ir
Nada que me faça parar de sentir
è um silencio que dói
A chuva, continua , insistente lá fora,
por que a vida è tao insana?
Será que a vida vale a pena?
E a morte,o que vou aprender com ela....................................
Me sinto impotente, como se neste momento tudo fosse em vao
So que agora, minhas lagrimas se misturam com a chuva, que nao vai parar tao cedo.
meu consolo.................
meus filhos estao chegando daqui um pouco,
e vou abraço-los forte, como sempre,
vou imaginar e acreditar que a passeata é um começo
e que eu, do meu jeito mesmo, passeio junto, pela chuva, pelo jardim, pela vida.
Força maes amigas
tuti

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Não dá NADA ! - Adriana Eifler

Essa é a fase que vivemos atualmente e na qual estamos ensinando nossos filhos a viver. A fase do não dá nada.Achamos que podemos passar o sinal vermelho, fazer o retorno proibido, desrespeitar a faixa de segurança e andar acima da velocidade porque não dá nada. E como não dá nada, fazemos tudo isso falando no celular!.Achamos que temos o direito de furar a fila do cinema, cortar a frente dos outros para soltar o filho na porta de escola e mexer os pauzinhos para burlar os trâmites legais e burocráticos que emperram nosso atendimento. Não dá nada.Achamos que nós, e nosso filhos, sempre temos razão. Questionamos a repreensão da professora que tenta dar limites . Destratamos o porteiro que insite na identificação e mandamos longe quem ousa nos apontar os erros. Não dá nada.Então, senhores, aproveitem que não dá nada e descumpram todas as leis, do mais básico - proibido estacionar, ao mais grave dos mandamentos - Não matarás!Dobrem onde não pode, estacionem em cima da calçada, ignorem a faixa de segurança. Ocupem a vaga de deficiente porque estão com pressa. Cortem a frente do outro porque seu carro é maior. Bebam antes de dirigir. Furem a fila do cinema, do banco e do hospital e, se alguém reclamar, mostrem o dedo do meio e virem às costas! Nào dá nada.E se esse não é o seu caso, se você não tem carro nem emprego. Então roube! Assalte o cara que acabou de sair do banco. Pegue a bolsa da velhinha! Não tem namorada? Violente a menina da casa ao lado. Está entediado? Quebre um orelhão ou piche uma parede recém pintada. Compre, consuma e venda drogas. Arranje uma arma! Faça grupos que te deixem mais forte, cultive a violência. Vá à festas disposto a criar problemas e se não te deixarem entrar, volte atirando. Não dá multa, não ‘dá cadeia, não dá dor na consciência. Não dá nada!

Enquanto não cumprirmos às leis e respeitarmos uns aos outros não conseguiremos mudar nada.

Síndrome do filho único - Nádia Lopes

Filhos únicos, com raras exceções são mimados, querem TUDO do seu jeito e na hora que desejarem, alguns batem o pé e fazem bico, a maioria acaba mal ensinada, não aprende a socializar, a compartilhar, tem seus quartos, seus pais, suas bonecas, suas bicicletas, só pra elas e isso cá entre nós, é péssimo pro futuro, quando fatalmente terão que se relacionar.
Filhos únicos costumam ser o centro das atenções, são elogiadíssimos, amadíssimos e crescem com esse desvio de conduta, esperando aplausos e paparicações.
As famílias de classe média e alta criam cada vez mais filhos únicos, dão grandes espaços entre um filho e outro e criam assim dois ou três chatos achando que o mundo gravita em seu umbigo. Lotados de culpa por não serem pais com autoridade e tempo, não dão limites, não cobram um mínimo de respeito ao próximo, entulham de presentes desejados, pagam por boas notas, lotam os guarda-roupas de marcas e etiquetas e reforçam a sensação besta de que seus filhos são os melhores do mundo e por isso só merecem prêmios.
Um filho único, não precisa ser necessariamente um filho que não tenha irmãos, qualquer egoísta, que teve suas regalias constantemente garantidas e nunca conviveu com frustração, pega a síndrome do filho único. Está o mundo povoado de “filhos únicos”: gerentes, grandes empresários, políticos, todos lotados de uma empáfia insuportável, crentes de que o mundo está ali ao seu dispor, com aquela cara de: "eu vim para ser servido e não para servir”. Está ficando difícil viver com um mundo cada vez mais lotado de gente assim...
Estou cansada dos filhos únicos e suas manhas, sua sensação de ser VIP e não tolerar nada. Sabem como esses monstrinhos agem na infância? Aquela pessoinha chata que segura a bola no meio do campo e diz: Ou eu sou o zagueiro ou não jogo mais? A menina que sai pisando duro ou chorando pro colo da mãe dizendo: Ou é assim como eu quero ou não brinco mais? Eu quero, eu quero, eu quero!!!...Esperneando num supermercado ou numa loja de brinquedos? Começam assim... O mal, quem realmente comete são os pais, que passam a mão nas cabeças desses pequenos, que apóiam e incentivam a permanência do vício, que convencem os amiguinhos que ele é um ótimo zagueiro, que convencem as amiguinhas a brincar bem do jeitinho que a filha quer, e o pior tipo, que dá o que o peste sapateia querendo. Ah, quando “crescerem”, se não amadurecerem e não virarem gente, serão os sem paciência no trânsito, os furadores de fila, os corruptores em geral, os corruptos, os mal educados, os donos da verdade, os que colocarão os dedos na cara dos demais, os que baterão porta, terão acessos de raiva, talvez também andem armados e achem normal dar tiros ou distribuir “porrada” em quem pensa e é diferente dele.
Uma má educação inicial, garantiu ao Ego desse ser essa má formação, reforçou que tudo pode ser ganho no grito, na manha, e que se tudo tem que ser barbada e bem do jeito que ele/ela quiser, caso contrário vai bastar um “piti”e o mundo vai voltar a girar ao seu redor do seu umbigo.
Aceitar que é responsabilidade só nossa, a nossa vida e não sair elegendo culpados, é outra tarefa difícil e fundamental, para deixarmos de ser filhos únicos. chatíssimos.


"Fala-se tanto da necessidade de deixar
"um planeta melhor para os nossos filhos",
e esquece-se da urgência de deixarmos
"filhos melhores
(educados, compassivos, responsáveis)
para o nosso planeta"..."
(autor desconhecido)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

PASSEATA PELA PAZ!!!





Passeata pela PAZ, confirmada!!!
Sabado - 1º de novembro
Saída da ASFINTER até o Palácio Piratini.
Todos vestindo BRANCO!!!

domingo, 26 de outubro de 2008

Soluções & idéias

Comentário de Manu, com o qual concordamos e bem define nossos novos passos: "Acho que se deveria procurar os vereadores eleitos para propor uma Lei municipal para ter um Alvará para liberação de festas desse tipo. É o único jeito que eu vejo. Com um órgão oficial que analise os dados da "festa" (local, capacidade máxima, segurança necessária, horário, restrições quanto a bebida, controle de entrada do pessoal, etc....) onde os pais e qquer pessoa interessada pudessem "conferir" tudo isso e exigir a fiscalização e o conhecimento da Brigada nos locais onde essas festas estiverem acontecendo. "

MEUS FILHOS,.........SE EU PUDESSE

SE EU PUDESSE.............
EU OS PROTEGERIA DA TRISTEZA QUE HÁ NO OLHAR DE VOCES ,TODA VEZ QUE SE SENTEM INCAPAZES E IMPOTENTES FRENTE A VIDA
DARIA A VOCES ,CORAGEM NUM MUNDO CHEIO DE RESPONSALIDADES
SIM,. EU FARIA...........

SE EU PUDESSE............
EU ENSINARIA TODAS AS COISAS QUE EU NAO APRENDI
E OS AJUDARIA, A ATRAVESSAR AS PONTES QUE EU MESMA QUEIMEI,
NOS MOMENTOS QUE EU ,COMO VOCES, JOVEM E INSEGURA FUI
SIM, EU FARIA................

SE EU PUDESSE
EU PROTEGERIA A INOCENCIA DA JUVENTUDE DE VOCES, DOS TEMPOS DE HOJE
MAS A PARTE DA VIDA QUE DEI A VOCES, MEUS FILHOS, NAO É MINHA
EU OS VI CRESCER, E POR REGRA, EU DEVERIA SABER DEIXA-LOS PARTIR .....................

SE EU PUDESSE
EU OS AJUDARIA A ENFRENTAR OS ANOS DIFICEIS
MESMO SABENDO QUE EU NUNCA PODERIA CHORAR
AS LAGRIMAS DE VOCES , POR VOCES
MAS EU CHORARIA
SE EU PUDESSE,.............

SIM, E SE EU VIVER EM UM TEMPO E LUGAR QUE VOCES NAO QUEREM VIVER
NAO PRECISAM, MEUS FILHOS , CAMINHAR ESTA ESTRADA COMIGO
MEU PASSADO NAO DEVE SER O FUTURO DE VOCES

SE EU SOUBESSE
EU TENTARIA MUDAR O MUNDO AO QUAL EU TROUXE VOCES PARA VIVER
EMBORA, EU SAIBA QUE NAO TENHA MUITO QUE EU POSSA FAZER, E MUDAR
SE EU PUDESSE
EU FARIA......................

MEUS FILHOS
QUERO ,COMO MAE , PROTEGE-LOS
E AJUDAR A PASSAREM PELOS MOMENTOS DIFICEIS DA VIDA
POR QUE VOCES SAO PARTE DE MIM
E SE, VOCES PRECISAREM
EU DIGO, UM OMBRO PARA CHORAR
OU SO ALGUEM PARA CONFORTAR E ACONSELHAR
EU ESTAREI AQUI, EU ESTAREI ALI
EU ESTAREI EM TODO LUGAR

EU NAO CONSEGUI MUDAR O MUNDO
MAS EU O FARIA
SE EU PUDESSE

MEUS FILHOS
AMO VOCES
MAE


texto adaptado de uma musica que a Celine Dion canta....................( If I Could)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

CHEGA!!!

Texto da Marcielli Cipriani, que organiza uma comunidade de jovens no Orkut, intitulada:
Igor Carneiro, CHEGA!!!

"CHEGA
É difícil conseguir imaginar a dor de um pai ou de um amigo nesse momento, mas é muito fácil entender que já é a hora dessa falta de respeito com o ser humano ter fim. Essa comunidade é pra todos os que acreditam que a tragédia ocorrida com o Igor não pode passar em branco. Mais uma vida tomada por falta de responsabilidade das autoridades não pode resultar em nada. E isso é só a ponta do iceberg, o buraco é bem mais embaixo. Anos atrás, o mesmo aconteceu na festa 'the best', quando um adolescente foi assassinado e agora o ciclo se repete! Então vamos agir. Chega de inércia. Chega de ficar pasmo, indignado, e parado. Não é aceitável a diminuição de PMs feita pelos governantes atualmente. Não é aceitável o pouco investimento à segurança. Não é aceitável o armamento fácil nas mãos de crianças. Não é aceitável a falta de fiscalização em relação a festas mal-organizadas com gente demais para seguranças de menos. Mas é muito menos aceitável que fiquemos parados. A maioria de nós freqüenta essas festas, a maioria de nós corre os mesmos riscos. Então ta na hora de quem não concorda com essa fragilidade absurda a que somos condicionados por falta de importância dos responsáveis faça alguma coisa. Chega. Vamos nos unir pra que nenhum de nós seja o próximo. E que a vida desse menino, dito por todos que o conhecem, ser maravilhoso, não vire só estatística. Reclamar sentado é hipocrisia, vamos pra rua fazer eles verem o valor das nossas vidas, e da dele. Ta na hora de pagarem pelas conseqüências, e os marginais que fizeram a barbaridade com o menino, estão à solta, como muitos outros, fazendo isso todos os dias. não é só em festas, não é só ontem. Isso é conseqüência, mas agora chega. Fazendo ou não diferença, vamos tentar, e finalmente, fazer com que nos ouçam, porque temos muito a falar. "

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

a Pedido de Adriana Eifler

“O pra sempre, sempre acaba.”

Ontem nossos filhos envelheceram, e nós morremos, um pouco.
A morte trágica de uma amigo, cúmplice de suas infâncias, que tinha um futuro parecido com o deles, os envelhece. Faz com que amadureçam à força e os arranca repentinamente da Terra do Nunca, onde nunca sequer imaginaram que isto pudesse acontecer.
Velar e enterrar alguém que tem a mesma idade, e os mesmo projetos de vida que eles, os expõe a dura realidade da finitude, à inegável fragilidade da vida e a incômoda constatação da nossa impotência.
Eles perderam um pouco da sua juventude ao descobrir que o “pra sempre sempre acaba” como diz a letra da música que cantaram em coro, e aos pranto, para o amigo morto.
Quanto a nós, pais, que já colecionamos indesejáveis perdas pelo caminho, ontem morremos um pouco.
Morremos de dor ao nos imaginarmos no lugar destes pais que perderam seu filho sem explicações nem despedidas.
Morremos de pena ao ver o sofrimento e a incredulidade nos rosto de nosso meninos.
Morremos de raiva de não podermos dar-lhes, além de educação e amor, segurança.
Morremos de medo.
Neste momento o que nos resta, além da perplexidade, é a ânsia de buscar uma explicação para a morte do Igor.
Penso que esta tragédia servirá como alerta aos pais, e aos próprios jovens, sobre o perigo que está por trás destas “festas” organizadas por pessoas irresponsáveis e descomprometidas.
Servirá, também, para que sejamos mais incisivos na hora do não e para que eles compreendam a nossa atitude e escutem nossos conselhos.
No entanto, o que mais me consola é pensar que o Igor tenha vindo cumprir uma missão e que Deus o tenha chamado, cedo demais, porque estava precisando dele para, quem sabe, escrever lindos textos e compor músicas que falam de amor.

Este texto foi escrito no dia 21 de Outubro de 2008, um dia após o enterro de Igor Santos Carneiro, baleado em uma “festa” onde milhares de jovens viveram momentos de terror.
Adriana Eifler Barbosa, publicitária e mãe.

Mais um movimento: nossa primeira reunião

Amigas, está confirmada nossa primeira reunião: quinta feira, às 18h30 min, no salão Solar do Marquês na Associação Leopoldina Juvenil (sala que fica logo à esquerda, qdo se entra no clube pela portaria dos sócios). Neste primeiro momento vamos conversar, nos conhecer melhor, falar de nossas preocupações, sentimentos, idéias, projetos, enfim, vamos iniciar nosso pequeno movimento, ainda que despretensiosamente.Creio que os ingredientes que encontramos até agora na bagagem de cada uma de nós são suficientes para começarmos: amor, sensibilidade, preocupação, indignação, responsabilidade, idéias, cumplicidade, empatia, desejo de mudança, enfim...

Quem quiser convidar alguém que até agora não esteja na lista...está aberto .
Até lá!

OS FILHOS CRESCEM E DAMOS A VIDA POR ELES

Meu nome é Cristina,(tuti ) mae do Marcelo 29 anos, e da Clarissa , 25 anos .Sou tambem irma da Elisa, que escreve abaixo, uma das lutadoras deste grupo.
Tenho filhos adultos, mas sou tia de varios jovens adolescentes, tia de filhos de muitos amigos e futuramente serei avó tambem.
quero muito participar deste movimento, para que todos nossos amados filhos, tenham uma vida melhor, mais digna, e segura.
escrevi um pouco sobre o crescimento deles,afinal eles crescem mesmo, a gente nem percebe, mas nòs continuamos as mesmas maes,.............sempre preocupadas com a felicidade deles.

OS FILHOS CRESCEM
aquela coisa mais querida do mundo de repente tem opiniao
joga com seu melhor amigo imaginario
derrama a sopa toda
nao para de chorar, de pura raiva

os filhos crescem
querem entrar no grupo que muitas vezes nao os quer
dao gritos nas ruas a clamar" eu sou"
por justamente nao saber quem sao

os filhos crescem
e ficam diante de si, como num ringue
se debatem como num ringue
irao se bater ate beijar a lona
se duvidarmos ............vao mesmo

os filhos crescem
desenha-se a existencia em cada um
e nós maes ficamos olhando , o que fazer?
e mesmo que acertam, o que sera que vai dar............

os filhos crescem
e nao adianta querer dar tudo
nem mesmo a ALMA
eles já desejam outras almas,
sao outros..........

os filhos crescem
sem ler romanceados nossos conselhos para eles
se metem em capitulos ineditos
já nao sao nós , se sentem vitoriosos
E NÓS CONTINUAMOS ELES

os filhos crescem
os filhos tem filhose , e nós , maes, continuamos agora
desejando e muito
nao só dar a alma
MAS SE NECESSARIO A VIDA POR NOSSOS FILHOS

QUE TENHAMOS SUCESSO E FORÇA PARA CONTINUARMOS UNIDAS PELOS NOSSOS FILHOS E PELOS FILHOS DESTE MUNDO.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O começo de tudo

Queridas amigas, queridas mães ...

Ontem a Quitéria chegou de uma festa, onde estavam vários amigos dela e filhos de amigos nossos... Lá na ASFINTER onde provavelmente muitos de vocês já ouviram os filhos dizerem que iam. Ontem, nesta festa, um menino foi baleado e está com morte cerebral, esperando que os aparelhos sejam desligados, assim que o pai chegar de viagem. Se estas informações sobre a saúde do menino são 100% corretas não sei, sei apenas que a Quitéria e tantos outros filhos estavam nesta mesma festa, ouviram tiro e tiveram de se defender (se deitaram no chão! sem saber o que estava acontecendo). Assustados, vieram pra casa e hoje cedo, incrédulos, souberam que nesta festa um amigo fora baleado. Este menino, o Igor, que muitos de nossos filhos conhecem, de 18 anos, ex aluno do Farroupilha, aluno de Direito da PUC, foi atingido por uma bala na nuca. Até agora, ninguém sabe como isto aconteceu ao certo, mas só sei que a situação foi por demais perigosa.

Meu intuito junto a vocês é que possamos nos ajudar e ajudar nossos filhos e os filhos de nossos amigos e a quem servir, a mudar esta situação.
Hoje, passei o dia com dor de cabeça, mal, culpando-me por ter autorizado minha filha a participar de festas como esta. Não foi a primeira, mas espero ter sido a última em que eu acreditei que havia segurança onde não há ! Me senti responsável por aceitar para meus filhos esta diversão tão em moda, em que propagam a "bebida de graça", onde um monte de jovens, comandados por organizadores também muito jovens, criam "a festa da Bombonera", a "Festa da Nortenha", onde nos omitimos por achar que "hoje em dia é este tipo de festa que vão". Com certeza, não sei bem de vocês, mas sei de mim e que topei.

Minha filha chegou em casa sã e salva... o Igor não.
Minha filha está triste todo o dia...eu também...imaginem os pais deste menino?
Muitas vezes, na madrugada, me acordo e mando torpedo aos meus filhos, pra saber se estão bem, se querem carona, como vão, como voltam. Mas pareço sempre preocupada demais aos olhos de minha filha adolescente, mas que hoje, triste e preocupada me disse: "pra lá nunca mais vou com certeza". Ambas decidimos isto, mas porque demoramos tanto?

Peço compreensão no meu desabafo e sei que o problema é bem mais amplo do que a festa de ontem. Mas quero muito que juntas pensemos em como nos ajudar a melhorar e mudar.

Pensei em criarmos uma página nossa na internet, um blog que seja, em que nos acompanhemos em relação as "festas de nossos filhos". Onde possamos trocar informações sobre as baladas, sobre o que rola, enfim, uma forma de nos orientarmos melhor e orientar melhor a nossos filhos. De forma a nos opormos aos oportunismos da vida que vêm muitas vezes pra se beneficiarem da ingenuidade do mundo adolescente onde "tudo pode e nada vai acontecer" e do nosso, que queremos muito que nossos filhos sejam felizes num mundo bom!!!!!

Minha filha é uma jovem responsável, cuidadosa...mas é adolescente. Os filhos de vocês também são. O mundo talvez não seja tão ruim e violento quanto hoje me parece. Mas quero ajudar a ficar melhor.

Assim, amigas, se alguém tiver uma sugestão, se alguém quiser se emparceirar nesta minha proposta, querendo ajuda. Nosso filhos merecem que mudemos o que não tá bom!

Beijos a todas e uma boa noite de sono. Se for possível!

Elisa

somos mães...


Somos um grupo de mães e mesmo que tenhamos a intenção de possuir super-poderes e de darmos conta de "quase" tudo, somos um grupo de adolescentes que cresceu e teve a benção de frutificar, não recebemos junto com o exame de gravidez nenhum manual de instrução, crescemos junto com nossas crias diariamente, algo instintivo algo aprendido, mas o fato é que estamos tateando no caminho, passos rápidos ansiosos ou pausados, tentando acertar a medida do amor e do cuidado, acreditamos nos valores que passamos pros nossos filhos, acreditamos que autonomia e liberdade são grandes qualidades a serem estimuladas, estamos aprendendo dia-a-dia o exercício de amor e atualmente do medo.
O medo nos ronda nas noites e nos dias, nas festas de bebida liberadas, nas drogas de tão fácil acesso, na violência gratuita, no trânsito e não somos de modo nenhum mães "caretas", fomos adolescentes, sabemos o quanto são deliciosas as festas e as lembranças que guardamos e quanto também lá acreditávamos que "não dava nada", "que era excesso e piração dos nossos pais", etc...
Nossos receios são genuínos, e infelizmente uma morte gratuita e estúpida como a do Igor, nos autoriza a falar desses medos a exorcizá-los a trazê-los á luz, a nos unirmos nesse caminhar, que tem um único objetivo, que nossos filhos sejam felizes e tenham tempo de realizar todos os seus sonhos... Nádia Lopes


Minha filha só tem 11 anos, e ainda frequenta festas infantis, mas ainda lembro bem seu corpo dependendo do meu colo e a sensação de amamentá-la,minha pré-adolescente até bem pouco tempo era meu bebê.
Entro na luta por festas seguras e filhos felizes!
Não quero e não posso deixar que a situação perdure e festas desorganizadas e irresponsáveis como essas, façam novas vítimas!